14ª e ultima sessão do Curso livre sobre o Antigo Egito

O ANTIGO EGIPTO NO CINEMA
13ª SESSÃO | 17 DE ABRIL DE 2021 | 15-17 Horas
Resumo
José das Candeias Sales
(Universidade Aberta, CHUL)
Não se pode ignorar, antes, pelo contrário, tem de se reconhecer, o enorme poder de sedução e de influência do cinema na formação de ideias e representações sobre o antigo Egipto e, sobretudo, o seu papel na globalização do conhecimento cultural sobre a civilização dos faraós, a sua cultura, as suas caraterísticas, as suas personagens e as suas divindades. Nesta sessão, passaremos em revista uma série de filmes que, desde as décadas de 50 e de 60 do século XX até à actualidade, foram moldando a percepção de milhões de espectadores sobre a Egipto antigo.
«Erotismo e sexualidade no antigo Egito»
A cultura material e literária egípcias proporcionam um extenso manancial para o estudo do erotismo no vale do Nilo. A literatura egípcia, em particular a poesia amorosa, proporciona uma perspectiva única sobre a emergência das primeiras representações literárias sobre o amor.
Nesta sessão iremos debruçar-nos sobre a fenomenologia amorosa descrita nos poemas de amor de forma a traçar sumariamente o quadro original de referências semânticas que lhes estavam subjacentes. onde uma certa experiência do sagrado não estava excluída. Abordaremos também os abundantes vestígios de temática porno-concupiscente patentes na cultura material egípcia e que atestam o grau de sofisticação atingindo pela civilização do Nilo.
A VIAGEM DE EÇA DE QUEIRÓS E DO CONDE DE RESENDE AO EGITO
Prof. Doutor Luís Manuel Araújo
Em outubro de 1869, Eça de Queirós, então com 23 anos, acompanhando o seu amigo conde de Resende, na altura com 25 anos, partiram de barco para o Egito a fim de assistirem à inauguração do canal de Suez. Os dois jovens saíram de Lisboa e desembarcaram em Alexandria a 5 de novembro, seguindo de comboio para a cidade do Cairo, a capital do Egito. Em Alexandria recebeu Eça a primeira grande desilusão do seu percurso oriental: não gostou da cidade, e reconheceu que apenas se sentiu atraído por algumas «curiosidades clássicas»:
«As ciências no Antigo Egipto»
Doutor Telo Ferreira Canhão
É um dado adquirido que a Grécia antiga foi fundamental para a construção da civilização e da consciência do mundo ocidental. Foi na Grécia clássica que o pensamento racional se impôs e que a filosofia nasceu como alternativa às crenças mítico-religiosas ancestrais. Uniformizaram-sesistemas de conhecimento, submetendo as causas primeiras de cada um aos vários pressupostos e métodos gerais da ciência, assentes em dois conceitos fundamentais: o antropocentrismo e o racionalismo. É esta a sua originalidade: o homem como centro de interesse e de especulação,e a prioridade da razão sobre o mito. Segundo Protágoras,o homem, «medida de todas as coisas», é simultaneamente herói e destinatário dessa aventura.Mesmo assim, ainda estávamos longe do pensamento de Descartes, posteriormente desenvolvido na prática por Newton!
«A arte funerária do Antigo Egito»
Esta sessão propõe-se abordar um dos temas mais desafiantes da civilização do Antigo Egipto: a cultura material associada ao horizonte funerário. Durante mais de três mil anos, os Egípcios equiparam os seus túmulos com um abundante espólio funerário cuja composição variou bastante ao longo do tempo. Examinaremos a relação íntima entre a concepção do túmulo e do espólio funerário e o modo como as alterações registadas num afectaram o outro e vice-versa. Um dos objectos mais ilustrativos da cultura material funerária egípcia é o ataúde antropomórfico. pelo que iremos dar urna especial atenção ao seu simbolismo e significado, assim como a todos os artefactos que eram incluídos na mumificação.